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quinta-feira, dezembro 22, 2011

DOENÇA
A dengue chegou. E agora?

De sofá a animais mortos, lixões clandestinos têm de tudo e abrem as portas para a dengue Foto: Fabiano Fracarolli

“Agora temos que reforçar o trabalho e a população fazer a sua parte”. A afirmação é do diretor da Vigilância em Saúde de Paranavaí, José Marchi, questionado sobre os rumos a partir do registro dos dois primeiros casos de dengue da atual temporada. Existem 29 casos suspeitos aguardando resultado. Marchi antecipa um controle rigoroso em todos os casos suspeitos, mas lembra que sem a população fazer a sua parte, não haverá resultados. Os casos são de duas crianças de 7 e 11 anos, detectados no Jardim Ipê e na Vila Operária. Não tiveram consequências graves e já estão curados. Um dos pontos preocupantes é que as crianças não viajaram, ou seja, podem ter pego de um familiar ou de outra pessoa, o que significaria que o vírus está circulando.

Muitas pessoas acabam não procurando ajuda e, como em vários casos os sintomas são considerados leves, passam despercebidos. No entanto, podem transmitir e se tornar grave em outros pacientes. Por isso, quando houver indícios, a orientação é procurar imediatamente um posto de saúde.

Uma preocupação extra neste ano é com relação a dengue tipo 4. O vírus foi detectado em Cascavel neste ano. O problema é que as pessoas não têm imunidade contra a dengue tipo 4 e daí, o risco em caso de entrada do vírus. Dentre os sintomas mais comuns da dengue estão: febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos.

SEM FOLGA - Para fazer frente ao risco, Marchi antecipa que uma equipe da Vigilância ficará de plantão inclusive nos feriados. A orientação é para agir imediatamente quando houver a notificação de caso suspeito. A principal intervenção é o bloqueio em nove quarteirões, composto de visita de casa em casa, aplicação de veneno e limpeza para reduzir as chances de proliferação do Mosquito Aedes aegypti.

Mas, todo esforço da Vigilância para combater a dengue é apenas um paliativo, caso a população não se envolva, analisa. Isso porque se o povo não se engajar, não há como eliminar o transmissor da doença. Ele informa que atualmente a infestação está em torno de 1,5%.

TRÂNSITO DE PESSOAS - Com a presença do mosquito e do vírus, aumenta a preocupação com as festas de final de ano. Muita gente já está chegando a Paranavaí e muitos paranavaienses viajam, para outros centros. Isso aumenta a chance de circulação da doença, preocupa-se.

No próximo mês começa também o Campeonato Paranaense de Futebol, que atrai gente da região para acompanhar jogos do ACP. Além disso, empreendimentos comerciais recentes atraem cada vez mais gente.

A dica para acabar com o dengue é simples: nunca deixar água parada, ainda que em pequenas quantidades. Outro detalhe importante é observar telhados e calhas, certificando-se de que não há água acumulada. Para ter noção da importância das pessoas, o Levantamento de Índice Rápido - LIRA - deste mês, apontou que 51,4% dos focos estão em vasos de planta e bebedouros de animais, ou seja, dentro das casas.
 Fonte: ADÃO RIBEIRO - Da Redação
Mérito-Diário do Noroeste

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